Magnífico Eustache, pois claro. Tarefa hercúlea escolher sete frames entre as três horas e meia que o filme dura; é tudo tão memorável, sem espaços mortos nem tampouco espaços menos conseguidos. Aquela hora final, então, é uma das coisas mais fisicamente extenuantes a que tive oportunidade de assistir desde a Joana d’Arc de Dreyer. Agarra-nos, não larga, derrota-nos. Filme cinéfilo com poucos, filosófico, literário, eroticíssimo, com um Jean-Pierre Léaud a espalhar carisma, uma Françoise Lebrun possessa, com aqueles olhos gigantes que parecem saídos de um dos filmes expressionistas do Murnau, e uma fotografia belíssima que bem poderá ter servido de inspiração a DiCillo e Jarmusch para aquele preto e muito branco do Stranger than Paradise. Se um dia os jovens não compreenderem, mostrem-lhes La Maman et la Putain.
P.S. - Absolutamente criminoso não haver edição em dvd. Por que espera a Criterion?
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
▪ Maio
▪ O adeus televisivo de uma...
▪ 1982(1)
▪ 1985(1)
▪ 1989(1)
▪ 2004(3)
▪ 2006(11)
▪ 2007(67)
▪ 2008(75)
▪ 2009(46)
▪ 2010(8)
▪ 2011(1)
▪ a música é a mãe de todos os vícios(16)
▪ a música é mãe de todos os vícios(1)
▪ apartes(3)
▪ arte(2)
▪ artwork(2)
▪ cinema(190)
▪ concertos(25)
▪ críticas cinema(8)
▪ críticas literatura(1)
▪ críticas música(1)
▪ efemérides(1)
▪ entrevista(1)
▪ festivais(2)
▪ fotografia(1)
▪ literatura(11)
▪ momentos "saduf! muito bom!"(9)
▪ música(231)
▪ musica(1)
▪ notícias cinema(1)
▪ notícias música(7)
▪ notícias televisão(3)
▪ obituário(2)
▪ off-topic(8)
▪ pintura(2)
▪ promessas(2)
▪ quem escreve assim não é gago(7)
▪ revistas(1)
▪ televisão(101)
▪ tops(7)
▪ velhas pornografias(3)
▪ videojogos(3)