Sábado, 28 de Novembro de 2009

Atenção

Amanhã, às 16h00, O Estado do Mundo no auditório da Fundação de Serralves, seguido da apresentação do livro Cem Mil Cigarros - Os Filmes de Pedro Costa, com direito a mesa-redonda com Ricardo Matos-Cabo, Óscar Faria, João Fernandes e Pedro Costa. Melhor que andar à chuva.

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Fábio Jesus às 23:29
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Quarta-feira, 25 de Novembro de 2009

Se o cinema, como disse Henry Miller, é «a consciência visual da morte» nunca a vimos de tão perto como em Tabu de Murnau. Depois deste filme, nenhum outro pode ser «o mais belo dos filmes». Contraplano. E repito: nenhum outro.

J.B.C.

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Fábio Jesus às 20:29
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Terça-feira, 24 de Novembro de 2009

Gostar de mulheres

Há um episódio algures na quarta temporada de Six Feet Under onde os Fisher fazem uma grande fogueira à porta de casa e arremessam para as labaredas uma porrada de quinquilharias (pois claro, quinquilharias). Expiação do princípio ao fim, portanto. A meio do ritual a atravessada da Claire vai ao quarto, colunas ao alto e tomem lá a Lucky dos Radiohead porque angústia nunca é demais. Soube a partir daí que a Lauren Ambrose nunca iria deixar de ser merecedora do meu girl love. Ao nível de me ter sido humanamente impossível dizer que The Return of Jezebel James era, como é de facto, um grande e fétido monte de lixo (pronto, consegui finalmente). Mas há razões para amar esta rapariga, afinal nos últimos anos tem andado a passear o seu talento pela Broadway e em personagens shakespearianas e, pasmem-se, acabou de se estrear como cantora jazz. E a propósito disso tomem lá, para quem tem saudades.


(o nome do postal é um roubo descarado da versão cromossoma XY desta casa)


Lídia Gomes às 21:53
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Sábado, 21 de Novembro de 2009

Serviço público allez

Em sessão dupla, dois grandes filmes de um dos mais talentosos realizadores portugueses, Joaquim Leitão.

Na dois.

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Fábio Jesus às 15:52
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Quarta-feira, 18 de Novembro de 2009

Reedições dos Lifter Puller deste lado do oceano, já!

Pitchfork: You were on "Jenny Jones"?

CF: Yeah! For a little bit, she had bands. The topic of the show we were on was Good Strippers vs. Bad Strippers. Good strippers stay true to the craft, while bad strippers might give you a little extra. Jessica Hopper was in the audience. It was pretty amazing. There's a lot of stuff from the Lifter Puller days that blows my mind.

Pitchfork: Were the strippers dancing while you were playing?

CF: No, they were watching. It kind of goes back to something that Tad and I always said: The Hold Steady is a great band, but Lifter Puller would probably be a better movie. It was just crazier. Steve Barone from Lifter Puller is kind of the X-factor. He's a unique person. I think people behave differently around him than they behaved normally. I don't know how else to explain it.


Mais aqui.

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Fábio Jesus às 17:57
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Segunda-feira, 9 de Novembro de 2009

Uma saia, uma arma

Isabelle Adjani está recauchutadíssima e tem uma saia acima do joelho mas La Journée de la Jupe só convence quando são os alunos insubordinados - todos pretos ou mouros, como se não existissem franceses de gema mal comportados - a pegar na arma. Até lá, todo um relambório de trivialidades e umas lições de moral de plástico (Isabelle, já foste mais credível). Mas no fim fica um incomodo sim, pesado, e nisso o filme de Jean-Paul Lilienfeld é bem eficaz. Ao menos isso.


Já agora, o Mário Nogueira é que havia de ver isto. Uma professora destas nas manifs e metade dos problemas da classe estavam resolvidos.

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Lídia Gomes às 21:32
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Sexta-feira, 6 de Novembro de 2009

Virtualidades do comentador moderno

O comentador moderno é um animal estranho que não consegue estar calado mais de 5 segundos seguidos nem ser coerente mais de 10. O comentador moderno acha que certos temas não têm interesse para quem o escuta, mas fala deles na mesma. O comentador moderno adora fazer discursos semi-filosóficos sobre o “futebol moderno”, debruçando-se com gusto sobre temas como a importância da polivalência dos jogadores, a altura dos centrais ou a diagonalidade da movimentação do árbitro. O comentador moderno habita um mundo à parte, onde a gramática ainda não foi inventada e a concordância não passa de uma miragem. O comentador moderno é uma criatura de vícios e fixações: se o irritam uma vez, irritam-no sempre. O comentador moderno é míope mas recusa-se a usar óculos ou sequer a consultar o oftalmologista. O comentador moderno elogia a “virtualidade” dos jogadores e a “arquitectação” das jogadas. O comentador moderno regozija-se por ser secundado por comentadores que combinem uma visão analítica e descomprometida do futebol com o dom da palavra, como o Toni. O comentador moderno acha o vocábulo “Ronaldo” indissociável da expressão “melhor jogador do Mundo”. O comentador moderno é também publicitário, enumerando frequentemente os tópicos quentes do telejornal ou alertando para a “excelente novela” que se segue à partida e que o espectador “não vai querer perder”. O comentador moderno faz-nos querer fazer como o outro: desligar o som da televisão e pôr música clássica a tocar. Mas enfim. Pelo menos nem todo o comentador moderno é o Nuno Luz.  

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Fábio Jesus às 15:20
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Quinta-feira, 5 de Novembro de 2009

Pior notícia de sempre

Burned by the spotlight, Stevens retreated after Illinois. As anxious fans searched for clues pointing to New York, Washington or New Jersey, expecting another masterful concept album right around the corner, he dabbled in a few side projects but showed no signs of picking up where he left off with Project U.S.A. “The whole premise was such a joke,” he says now, “and I think maybe I took it too seriously. I started to feel like I was becoming a cliché of myself.” Whether or not Stevens ever intended to make a record for every state, he ended up completely derailed by a new project—one people thought was just another whim.

 

Aqui, o resto.

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Lídia Gomes às 20:26
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Terça-feira, 3 de Novembro de 2009

Inferno

Drag Me To Hell tem sido vendido como um certo regresso às origens por parte de Sam Raimi, um realizador de 50 anos que volta a fazer um filme de terror de baixo orçamento depois de três filmes de milhões que renderam milhões sobre um certo super-herói aracnídeo e quase três décadas após o primeiro Evil Dead, o filme que o “fez” enquanto realizador e que tornou Bruce Campbell – agora entretido com projectos masturbatórios de gosto duvidoso – num sério fenómeno de culto. Mas de back to basics Drag Me To Hell tem pouco. Evil Dead (e as sequelas, mais tarde) era um filme brutalmente inventivo que pulsava cinema por todo o lado – ou não fosse feito por um jovem realizador em início de carreira – e no qual era notória a paixão de Raimi pelo métier. Já Drag Me to Hell é um filme sem fôlego, um recauchutar de ideias gastas sem nada de novo para dizer; no fundo, um golpe de marketing. É, acima de tudo, e à semelhança do último Indiana Jones, um filme demasiado produzido, como se com Spider-Man e respectivas sequelas Raimi tivesse atingido o ponto de não retorno e esquecido o que a sujidade e a (deliberada) falta de polimento fizeram pelos seus filmes dos anos 80. Uma desilusão, portanto.

 

Alison Lohman, a donzela em perigo, não ajuda. Não é Bruce Campbell quem quer.

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Fábio Jesus às 21:42
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Domingo, 1 de Novembro de 2009

Porra

Em 2009 tento lembrar-me há quanto tempo não ligo o rádio para ouvir música. Só pela música. Não me lembro. Não morar em Lisboa ou no Porto não deixa. Houve tempos em que não tinha internet, canais de música. Não foi assim há tanto, uma década, menos talvez. Aí sim, a rádio era como pão para a boca. Por isso ver o António Sérgio partir, numa idade tão puta, é quase como ver partir um daqueles amigos a quem não se liga peva há anos. Mas recordar aquelas noites, naquela idade em que ainda só apalpava as coisas e em que ligava o rádio e tentava imaginar que homem tinha aquela voz, isso, é um privilégio. Desculpa António. Porra.


Lídia Gomes às 16:28
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