Sexta-feira, 6 de Fevereiro de 2009

Aquela elegância de estética que só os orientais têm

 Bin-Jip (2004), de Kim Ki-Duk

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Lídia Gomes às 12:32
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Quarta-feira, 1 de Outubro de 2008

De Espanha, com amor (e daí talvez não..)

7:35 de la mañana nem sempre é o que parece. Não nos deixemos enganar pelo rapaz apaixonado, pelo pequeno adágio que canta à moça sentada no fundo do café, pelos restantes intervenientes aparentemente voluntários. A curta-metragem de Nacho Vigalondo - que aqui faz um pouco de tudo, desde realizador, protagonista e compositor -, que em 2004 foi nomeada pela Academia, é triste sim. Porque o amor nem sempre acaba bem.

 

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Lídia Gomes às 16:38
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Sábado, 31 de Março de 2007

Metallica: Some Kind of Monster (2004), de Joe Berlinger e Bruce Sinofsky



Metallica. Mais de noventa milhões de álbuns vendidos em todo o mundo desde 1981, o que os transforma numa das bandas mais influenciais e comercialmente bem sucedidas dos últimos 25 anos. Uma legião de fãs imensa e incansável que os acompanha para onde quer que vão. Um vocalista que tem tanto de carismático como de problemático. Quer se goste, quer não, a maior banda de heavy metal do Planeta.


Perante um historial destes e quase três décadas de sucesso, teria sido fácil tornar o documentário sobre a banda de James Hetfield numa crónica sobre a sua carreira, desde os tempos conturbados de Kill’em All e da morte do baixista Cliff Burton até ao lançamento de St. Anger, passando pela batalha contra o Napster e por todos os problemas e controvérsias que sempre foram cartão-de-visita da banda. Seria fácil escolher a via da idolatria (o nome do documentário sugere isso mesmo…), demonstrando todos os passos que tornaram os Metallica numa das maiores bandas do género, juntamente com nomes como Megadeth, Slayer e Anthrax .


Mas Metallica: Some Kind of Monster é, paradoxalmente, algo muito diferente. O que Joe Berlinger e Bruce Sinofsky fizeram não é um elogio de duas horas e meia, mas sim uma viagem inesperada ao lado negro dos Metallica. E é precisamente isso que o torna tão interessante – não é todos os dias que se tem a oportunidade de presenciar o semi-descalabro de uma banda de tão grande dimensão, e é mais raro ainda poder acompanhar todos os passos dessa mesma queda como se estivéssemos lá.


Some Kind of Monster segue os membros da banda entre 2001 e 2003, o período que antecedeu o lançamento de St. Anger e um dos mais conturbados da sua história. Somos convidados a acompanhar todos os momentos após a saída do então baixista Jason Newsted (para se dedicar ao seu projecto Echobrain), incluindo a gravação do álbum e o longo período de inércia criativa que correspondeu aos vários meses em que Hetfield esteve em reabilitação devido a alcoolismo e outros vícios. Durante este período, o terapeuta Phil Towle é chamado para tentar restabelecer a ordem perdida.


O grande ponto de interesse consiste em observar as disputas de poder constantes entre os egos maiores que a vida de James Hetfield e Lars Ulrich. É curioso constatar que, apesar de serem, na teoria, três os membros que constituem a base dos Metallica, a banda pertence quase na totalidade aos dois fundadores, já que o guitarrista Kirk Hammet se mantém quase sempre à parte das discussões entre o vocalista e o baterista. Estas quezílias constantes têm o condão de humanizar Hetfield e Ulrich, e essa humanização é precisamente dos aspectos mais recompensadores de todo filme. É nesta transformação de dois homens tantas vezes endeusados pelos fãs em seres humanos com falhas à semelhança de todos os outros que Some Kind o Monster acaba por triunfar.


O ponto alto do filme, no entanto, acaba por ser protagonizado pela pessoa mais improvável: Dave Mustaine. O malogrado guitarrista (que foi o primeiro guitarrista a tempo inteiro da banda, tendo posteriormente sido expulso e formado os eternos rivais Megadeth) aparece numa cena na qual, frente a frente com Lars Ulrich, confessa o quão difícil tem sido ficar sempre em segundo na corrida com os Metallica e como se arrepende de ter deixado a banda. Pelo carácter revelador da cena, Mustaine não ficou feliz por vê-la incluída no corte final do documentário, originando ainda mais controvérsia.


Os dois realizadores filmaram mais de 1200 horas de vídeo que posteriormente editaram para apenas duas horas e meia. A vida de Hetfield, Hammet e Ulrich deve-se ter assemelhado, durante este período, à vigilância constante de um reality show, e isso nota-se. Não são poucas as vezes em que os diálogos parecem pouco naturais, como se estivessem a ser interpretados. Algumas discussões, recheadas de pausas contemplativas, reforçam esse efeito, que se torna no calcanhar de Aquiles do documentário.


No fim, como seria de esperar, tudo termina bem por terras do monstro Metallica. Com a contratação de Robert Trujillo para ocupar o lugar deixado vago por Cliff Burton (o produtor Bob Rock foi o baixista substituto durante a criação de St. Anger) todos os problemas são esquecidos e a banda parte em tournée novamente. Não deixa de ser algo irónico, apesar de tudo, que um dos álbuns mais suados da história dos Metallica tenha acabado por se tornar num dos menos bem recebidos pela crítica e pelos fãs.


Confesso que nunca fui o maior admirador dos Metallica. Talvez porque o thrash metal nunca suscitou em mim grande interesse. Talvez também porque nunca me interessei particularmente em explorar a fundo os maiores clássicos do quarteto. Mas o carisma dos seus principais membros é inegável, e Some Kind of Monster recria-o na perfeição. Além de ter conseguido o pequeno grande feito de me aguçar a curiosidade e a vontade de ver James Hetfield e companhia, dia 28 de Junho, no Parque Tejo.


8/10


Fábio Jesus às 01:28
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