Quarta-feira, 14 de Novembro de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #17

 

Acerto hoje o nosso tempo de antena para a banda lisbonense Contratempos. Oito talentosos artistas nacionais trazem aos portugueses o melhor que a música jamaicana dos anos 60 nos pode oferecer.

 

Completamente dançável, as boas vibrações da vocalista Carmo emanam por todos os seus poros. As suas letras abordam a vida de uma forma espirituosa e caricata. Para tal, ouça-se temas como o “Xadrez da Vida” e “Costureira dos Diabos”.

 

Encruzilhados com os The Ratazanas (os quais já tive o prazer de falar numa crónica passada), os Contratempos fundem um ska-jazz com um instrumental de uma forma bastante particular e original.

 

Os Contratempos tiveram a honra de no passado dia 11 de Novembro partilhar o palco com os míticos The Skatalites. De certeza que todos os apreciadores de reggae estimaram imenso a actuação deste projecto português. Embora não tenha sido possível assistir a este evento, tive oportunidade de ver esta banda a abrir para o já extinto projecto espanhol Skaparapid, onde deram um concerto memorável, no mercado da Ribeira em Lisboa. Na altura, contavam ainda no seu line-up com a presença do seu antigo vocalista, João Mendez.

 

Na falta de um videoclip produzido pela banda, recomendo uma passagem pela página oficial dos Contratempos, onde podem ouvir por completo o seu álbum “Algures, no Meio do Nada” e realizar o download da sua nova maqueta, onde constam quatro novos temas.

 

Paulo Lemos


Lídia Gomes às 19:50
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Quarta-feira, 24 de Outubro de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #16



A história de Slimmy poderia ser a de muitos portugueses aspirantes a músicos. Um puto que se juntou aos colegas de escola para formar uma banda, mas que rapidamente descobriu os problemas de trabalhar em grupo, principalmente devido às prioridades primorosas diferirem de pessoa para pessoa. Contudo, ao distanciar-se das massas comuns que se abstêm levemente da arte, a história deste músico toma outro rumo. Cansado de confrontos artísticos (que existem em qualquer projecto musical) e de pseudo-músicos que não cediam tudo o que tinham, Paulo Fernandes decidiu mover-se para Londres e formar o seu próprio projecto a solo. Adquiriu o nome artístico Slimmy e arrecadou assim uma enorme experiência musical.

 

Atitude é o melhor adjectivo que consigo arranjar para caracterizar este rapazola. Tal como os More Than a Thousand, Slimmy não se deixou conformar pelas condições rarefeitas a que o nosso mercado musical nos acostumou e decidiu chamar a atenção ao povo português indo para “fora”. Assim aconteceu também com os The Parkinsons. A única diferença é que esta banda “recusou” por completo a sua nacionalidade, apresentando-se em todos os concertos como uma banda inglesa. Isto, lá está, devido à indiferença que os portugueses lhes mostraram enquanto foram músicos nacionais. “Agora é que nos ligam quando temos sucesso na Inglaterra? Disso não precisamos” disse Vítor Torpedo a certa altura da sua vida.

 

Certamente já terão visto o videoclip Beatsound Loverboy na MTV. Talvez não saibam é que Slimmy também já contribuiu com um tema para a banda sonora da conhecida série CSI e para um genérico de um programa do canal Sky.

 

Agora questionar-se-ão todos os aspirantes a músicos profissionais: “Mas como farei isso também?” Com muita força de vontade emparelhada a um areal de contactos. E Slimmy não se acanha em dizer que foi assim que conquistou tais proezas. Quando se mudou para Inglaterra, conseguiu aceder a todo o mundo musical britânico, tendo construído algumas amizades importantes como conhecidos jornalistas e promotores, que lhe terão dado assim um “jeitinho”.

 

Para os apreciadores de electro rock, recomendo a audição do seu single Beatsound Loverboy. Aconselho também uma passagem pelo seu myspace, de modo a ouvirem outros temas de uma equiparável qualidade ao seu single.


Paulo Lemos




Fábio Jesus às 17:11
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Quarta-feira, 10 de Outubro de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #15

 

O experimentalismo em Portugal é uma ilusão. Não existe na actualidade um movimento consistente de bandas e uma tradição coesa deste estilo musical. Contudo, desde há uns anos para cá, com o aparecimento de grandes bandas de uma qualidade incontestável como os Linda Martini, os artistas e o público português têm aberto um pouco mais a sua tacanha mentalidade e duvidoso ouvido musical.

 

Irrompem assim num âmbito de uma contra-corrente a esta situação os The Allstar Project, um grupo oriundo da cidade de Leiria, com uma forte componente experimentalista que desdenha uma enorme inspiração aos conhecidos Mogwai e Explosions In The Sky. Os TAP criam a sua arte musical com uma entoação deveras minimalista e melancólica q.b.

 

Vão lançar em breve o seu álbum de estreia “Your Reward… A Bullet”, pela Rastilho Records. É curioso notar que as suas influências musicais fazem jus à sua música; o sampler vocal do seu single “Lasers Go Through M…” remete-nos para uma memória ressequida da música “Punk Rock” dos Mogwai, onde se encontra uma entrevista de Peter Gwoski a Iggy Pop nos anos 70.

 

Vai ser possível assistir ao concerto dos The Allstar Project no dia 23 de Novembro em Coimbra, na Fnac do centro comercial Fórum. Convido-vos a marcarem presença neste evento. Por mim, lá estarei presente!

 

 

Paulo Lemos


Lídia Gomes às 23:07

editado por Fábio Jesus em 18/10/2007 às 23:30
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Quarta-feira, 26 de Setembro de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #13

Quem anda familiarizado com este nosso mundo musical português reconhecerá facilmente o trio desta semana, os Micro Audio Waves.

 

Oriundo dos Rádio Macau, o guitarrista Flak proporciona-nos uma viagem pelo mundo electrónico experimental, onde estão bem patentes sublimes composições electro-acústicas.

 

A voz de Cláudia nesta electrónica purista encaixa perfeitamente nas extensões experimentais do grupo, tendo sido o álbum “New Waves” considerado uns dos mais excitantes por John Peel da BBC Radio One. Além desta honrosa menção, ganharam também o Qwartz Electronic Music Awards em Paris, pelo melhor álbum e videoclip.

 

“Fully Connected” é o single desta semana. É um tema que resulta na perfeição ao vivo, tendo os Micro Audio Waves dado um concerto exemplar na edição do Super Bock Super Rock deste ano.


Paulo Lemos




Lídia Gomes às 21:08

editado por Fábio Jesus em 27/09/2007 às 12:50
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Quinta-feira, 20 de Setembro de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #12

Seguindo uma lógica sucessão cronológica musical deste a última crónica em que vos expus o artista The Legenday Tiger Man, é hoje apresentada aos prezados leitores d’Os Novos Pornógrafos a banda coimbrense Wraygunn.

 

Detentora de 3 álbuns, Soul Jam, Eclesiastes 1:11 e Shangri-La, o já conhecido Paulo Furtado afigura-se como frontman deste projecto musical, dando voz a um rock blues muito próprio, que por muitas vezes corteja inspiração ao gospel e até ao funk.

 

As duas vozes das vocalistas auxiliares encabam na perfeição à harmonia dos Wraygunn, conferindo-lhes um carácter especial deveras característico ao nosso universo artístico nacional.

 

Do seu último álbum Shangri-La, segue o single “She’s a Go-Go Dancer”.


 

 


Paulo Lemos


Lídia Gomes às 01:07

editado por Fábio Jesus em 23/09/2007 às 17:34
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Quarta-feira, 12 de Setembro de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #11


Já conhecido por muitos pelos seus antigos e mais recentes projectos como Tedio Boys e Wraygunn, Paulo Furtado é o menino querido de Coimbra que encara a personagem The Legendary Tiger Man.

 

O conceito de One Man Band é aqui aplicado ao máximo. Com uma mestria genial, Paulo Furtado utiliza o seu natural e derradeiro talento musical para a criação de um blues enigmático entranhado num indie rock muito característico. The Legendary Tiger Man demonstra assim à audiência o que melhor sabe fazer cantando, tocando guitarra, bateria e harmónica de uma forma admirável.

 

Este seu blues misterioso fragmentou as barreiras nacionais e alcançou principalmente os corações franceses, onde detém uma considerável legião de fãs. O seu novo álbum Masquerade irá ser editado brevemente nesse país e também nos Estados Unidos.

 

Cru, harmónico e contra todo o pudor socialmente aceite Fuck Christmas I Got Blues é hoje o tema que vos confio.


Paulo Lemos


 



Lídia Gomes às 19:20

editado por Fábio Jesus às 19:29
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Quarta-feira, 5 de Setembro de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #10



Presenteio-vos hoje com os X-Wife, um já conhecido conjunto de rock electrónico com claras influências punk e post-punk.

 

Certamente que esta é uma banda que os caros leitores d’Os Novos Pornógrafos já ouviram falar. Dançáveis quanto baste, esta banda entrega-se por completo nos seus concertos às audiências e engendram uma química especial, onde a (não) assumida timidez do vocalista e frontman João Vieira contrasta com a força e energia que os X-Wife difundem ao vivo.

 

Já percorreram praticamente todas as salas de concertos do País e a sua presença em Queimas das Fitas tornou-se cada vez mais habitual. Tocaram também no Super Bock Super Rock, dando um concerto de uma invejável qualidade. Depois de terem conquistado muitos ouvidos portugueses partiram para o estrangeiro, tendo já actuado em países como Espanha, Inglaterra e Estados Unidos.

 

Deixo-vos com o ritmado tema “Ping Pong”, do seu segundo álbum “Side Effects”.


Paulo Lemos

 


Fábio Jesus às 22:20
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Quarta-feira, 15 de Agosto de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #9

O melhor exemplo de uma banda portuguesa de rock musculado a seguir é os Dapunksportif.

 

Riffs frenéticos que se desenvolvem para uma agressividade passível de ser ouvida por grande parte da população roqueira e uma batida delirante, cuja sonoridade nos traz vislumbres à memória dos Queens Of The Stone Age, são a sonoridade que transpõe a individualidade desta banda.

 

Vindos de Peniche, actuaram na semana passada em São Jorge, Açores, no Festival Transatlântico, concerto este que tive oportunidade de assistir. Posso dizer que este seu rock robusto a tender para o powerpop contagiou por completo a assistência que se rendeu a temas como Private Disco e Ready! Set! Go.

 

Deixo-vos com este videoclip de uma qualidade e fantasia exemplar a ter em conta, I Can’t Move irá com certeza agradar a muita boa gente.

                     

Paulo Lemos


Lídia Gomes às 23:43
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Quarta-feira, 8 de Agosto de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #8


Para os desconhecedores da nova geração de fado, apresento-vos hoje os Donna Maria.

 

Donos de uma elegância plenamente assegurada, conjugaram de forma exemplar o electrónico de hoje com o fado de ontem, criando uma harmonia musical única.

 

Temperando desta forma o melhor do tradicional com o que existe de preferível no moderno, o cozinhado que nos foi preparado é do nosso completo agrado. A voz de Marisa Pinto seduz-nos ao aproximar-nos de forma pessoal das suas belas fábulas e histórias de encantar, regozijando os seus amores e desavenças íntimas, temáticas abordadas normalmente no fado.

 

Presenteio-vos com o tema Quase Perfeito, uma verdadeira pérola da música nacional.


 

 

 

Paulo Lemos


Lídia Gomes às 23:09

editado por Fábio Jesus em 09/08/2007 às 00:57
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Quarta-feira, 1 de Agosto de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #7



Directamente dos esgotos de Lisboa, os The Ratazanas despertaram espontaneamente a atenção dos fãs portugueses de Early Reggae (primeiro género de Reggae, que surgiu na Jamaica nos anos 60).

 

Esta banda possui um experiente background musical, devido aos seus membros serem originários de bandas já reconhecidas dentro do meio como Contratempos, Ummadjam e Jolly Roger. Tal como seria de esperar, os The Ratazanas produziram um som encantador que circula entre a música Afro-americana, soul, funk e o rock'n'roll.

 

As suas influências provêm de bandas clássicas como Toots & The Maytals, The Uppsetters, Lloyd Charmers & The Hippy Boys, Dave Barker & Ansel Collins e de projectos contemporâneos como os The Aggrolites e Granadians.

 

Através do blog Portugal Underground, os The Ratazanas disponibilizaram de forma gratuita e legal as suas duas maquetes.


The Ratazanas - Demo 2006

The Ratazanas - Maquete 2007

 

Paulo Lemos

 


Fábio Jesus às 23:23
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Quarta-feira, 25 de Julho de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #6



Os For The Glory (FTG) são das novas promessas do Hardcore português. Depois do EP “Drown In Blood”, preparam-se para lançar o álbum “Survival Of the Fittest”, que promete vir a causar muitos estragos sonoros por todo o país.


Numa altura em que o hardcore está muito relacionado com o metal e o emocore, os For The Glory vêm esclarecer como este estilo musical deve ser consumado: rápido, cru e duro. Aqui impera a agressividade e não existe espaços para lamentos emocionais. A velocidade ordena e a voz gutural é soberana.


Sendo os seus membros provenientes de projectos musicais como TwentyInchBurial, Seize The Day, The Fiends, Day of the Dead, entre outros, a banda continua a possuir o espírito da velha escola. Contudo, em contraste com a década passada em que a intervenção social desta contracultura era marcante, liricamente as letras de FTG são muito são pessoais e introspectivas. Influência dos tempos e de bandas como Terror e Hatebreed.


Segue abaixo um vídeo da actuação ao vivo da banda, onde é possível ter-se uma ideia do espírito hardcore que se vive actualmente.


Paulo Lemos



Fábio Jesus às 23:01
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Quarta-feira, 18 de Julho de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #5



Nos anos 80, o rock português teve o seu boom com bandas como Rui Veloso, UHF, Sétima Legião, GNR, entre outros. Hoje, o renascimento do rock nacional tem passado um pouco despercebido. Contudo, a indiferença dos portugueses não é sinónimo de uma qualidade duvidosa por parte dos nossos projectos. Assim, de Mondim de Basto, chega-nos a mais recente promessa do indie rock pátrio, o power-trio Orangotang.

 

Simples e harmonioso, o álbum “Propaganda” cativa a nossa sensibilidade pelas suas graciosas linhas musicais e refrões orelhudos. O vocalista Rui Mota consegue facilmente captar a atenção dos ouvintes pelas suas letras liricamente ingénuas e uma voz possuidora de um tom quase infantil.

 

Respira-se uma constante alegria nos temas de Orangotang, um sopro do melhor Pop que se faz em Portugal. Alguns dos seus temas são perfeitamente dançáveis, enquanto outros foram desenvolvidos com um maior cuidado e dados a conhecer a um tipo de público mais sensível.

 

Do seu álbum, segue abaixo o videoclip do single “Lâmpada Azul”.


Paulo Lemos


 


Fábio Jesus às 21:32
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Quarta-feira, 11 de Julho de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #4



Não sendo o sludge um estilo usual praticado no nosso País, os Men Eater são uma lufada de ar fresco na música extrema nacional. Magicando uma poção entre o post-hardcore e doom metal, este quarteto editou recentemente o seu álbum de estreia “Hellstone”, pela editora portuguesa Raging Planet.


Devido ao facto de todos os membros possuírem alguma escola musical, tendo pertencendo a bandas como For The Glory, Blacksunsire, Riding Pânico e Mushin, são detentores uma sonoridade deveras cuidada e coesa.


“Hellstone” é uma explosão de cólera onde todos os desassossegos e aparições de Miguel Correia são descortinados através de uma fúria avassaladora vocal. Munidos de um poderosíssimo particular sonoro, descortinam riffs melancólicos e solos harmónicos onde o experimentalismo sombrio ganha vida.


Estão bem patentes nesta banda influências directas de Isis e Mastodon. Podemos encontrar semelhanças a Converge no tema “Drivedead”, onde uma súplica bestial do vocalista encontra uma batida rápida entrelaçada num rock contemporâneo musculado. Nota curiosa neste álbum é a participação do vocalista dos Linda Martini André Henriques num tema que revela grande maturidade musical, “Lisboa”.


É de salutar a sua presença na edição do Super Bock Super Rock deste ano com Metallica e Mastodon, evidenciando desta forma a sua dedicação, talento e trabalho árduo.


Paulo Lemos


Fábio Jesus às 21:52
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Quinta-feira, 5 de Julho de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #3

Os Fitacola são das novas bandas pop-punk que se estão a tornar numa das novas referências do punk nacional. Sendo este género reconhecido pela sua usual agressividade, os Fitacola são melódicos quanto baste. Surgiram em 2005 e desde então têm dado largas dezenas de concertos pelo País.

 

Algumas das suas marcantes conquistas fazem respeito à presença em importantes eventos como a Queima das Fitas de Coimbra 2006 e em programas televisivos como o Portugal no Coração. Embora possuam uma sonoridade virada para um público mais jovem, os Fitacola não têm passado indiferentes às diversas gerações. Prova disso é a recente contratação da banda pela editora Sons Urbanos (Tara Perdida, Devil In Me, Sk6, entre outros) e a gravação do seu álbum de estreia, que sairá no final deste ano. Já partilharam o palco com nomes relevantes como os Boss AC, Expensive Soul, Tara Perdida e Fonzie.

 

Sempre com riffs melódicos e uma bateria pujante, as suas letras abordam temas introspectivos e sociais de uma forma animada e caricata. A prova viva de que os tempos mudam e que as várias ramificações do punk continuam a (sobre) viver é a sustentabilidade deste tipo de sonoridade e de bandas. Pelo seu som mais acessível conseguem abranger um maior tipo de público e propagam de forma mais facilitada a sua mensagem.

 

Segue abaixo o videoclip da música Eu Não, do seu EP Rebobina e Pensa. Apreciem!



 

Paulo Lemos


Lídia Gomes às 20:38

editado por Fábio Jesus em 07/07/2007 às 17:28
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Quarta-feira, 27 de Junho de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #2

Os The Vicious 5 são dos novos fenómenos do rock português nu e cru, que captaram a atenção de muita boa gente. Possivelmente pelo seu som agressivo q.b., estejam direccionados para um público mais jovem e a própria banda sabe-o disso. O vocalista “Quim” demonstra uma certa obsessão pelos “putos”, dedicando-lhe sempre mensagens de incentivo nos concertos.

 

Tive oportunidade de os ver ao vivo e conhecê-lo nesta Queima das Fitas de Coimbra e posso dizer que a sua postura em palco se conjuga perfeitamente com a sua forma de ser e de ver o mundo. Os The Vicious 5 transpiram rock e toda a sua música é reflexo da sua experiência de vida.

 

A banda possui uma sonoridade áspera, onde a voz gritada, e ao mesmo tempo melodiosa, de Quim desperta de imediato todas as atenções. Sempre provocatória, demandam o regresso do apogeu mais básico da música: sexo, drogas e rock’n’roll!

 

Tal como os Linda Martini, as raízes dos The Vicious 5 surgem do movimento do Hardcore português, de bandas extintas como Renewal, X-Acto, Croustibat ou As Good As Dead. Além de algumas reminiscências da sua ética DIY (Do It Yourself), existe ainda na sua música um elo de ligação musical ao Punk e Hardcore, pois algumas das músicas iniciais dos The Vicious 5 surgiram dos temas de finais de Renewal.

 

Ao interpretarmos as suas letras, e quando os vemos ao vivo, contemplamos o desprezo que possuem pela educação socialmente aceite pois reconhecem a escola da vida como sendo mais importante que a vida da escola. Recomenda-se a audição o seu disco “Up on the Walls”.

 

                                             

 

Cliquem para o myspace dos The Vicious 5 e vejam aqui o videoclip  “Bad Mirror”.

 

     

 

 

Paulo Lemos

                                      


Lídia Gomes às 23:27
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Quarta-feira, 20 de Junho de 2007

A música é a mãe de todos os vícios #1

Boa noite.

 

Chamo-me Paulo Lemos e como alguns de vós podem verificar, tenho seguido de perto o trabalho dos nossos amigos Os Novos Pornógrafos, Fábio Jesus e Lídia Gomes.

 

É um projecto deveras interessante em que se juntaram duas pessoas com verdadeira paixão às artes contemporâneas e que dedicam o seu tempo livre a passar a palavra do mais desconhecido aos demais internautas deste ciberespaço.

 

Sendo grande admirador de música portuguesa, foi com grande agrado que recebi um convite d’”Os Novos Pornógrafos” para realizar uma coluna semanal dedicada às novas tendências musicais nacionais. Assim, poderão contar todas as quartas-feiras com a minha presença neste conceituado espaço virtual nesta rubrica intitulada A música é a mãe de todos os vícios.

 

Hoje o espaço será dedicado aos Linda Martini, nova banda de rock progressivo, melancólica até aos mais refundidos espaços da nossa imaginação.

 

Tive oportunidade de assistir a alguns concertos destes músicos e desde cedo me identifiquei com esta banda, especialmente pela sua transparência lírica e pelos seus riffs cacofónicos de uma harmonia transcendental.

 

Filhos do movimento Hardcore português, os Linda Martini formaram-se em 2003 e transportaram desde cedo a sua vivência e forma de estar para um rock catártico, que devido a fenómenos recentes como o myspace fizeram com que a sua demo rapidamente passasse a ser um objecto de culto. Temas como Amor Combate e Lição de Voo nº1 satisfizeram os encantos dos portugueses, ressequidos por uma banda tão passional lírica e musicalmente que já não se via desde os extintos Ornatos Violeta.


Paulo Lemos


Lídia Gomes às 23:12

editado por Fábio Jesus em 22/06/2007 às 21:43
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